segunda-feira, 2 de setembro de 2013

Especial Novelas - Ciranda de Pedra (2008)


Ciranda de Pedra conta, fundamentalmente, duas histórias, tendo como cenário a São Paulo de 1958: o triângulo amoroso entre Natércio (Daniel Dantas), Laura (Ana Paula Arósio) e Daniel (Marcello Antony) e o rito de passagem da adolescência para a vida adulta da jovem Virgínia (Tammy Di Calafiori), filha de Daniel, mas criada como herdeira legítima de Natércio. Ciranda de Pedra se passa, basicamente, em dois ambientes: o Jardim Europa, cujos moradores são das classes média e alta; e a Vila Mariana, um bairro operário. No Jardim Europa, encontra-se a mansão dos Silva Prado, de Laura e Natércio. Eles formam um dos mais invejados casais da sociedade paulista. Natércio é um advogado conceituado, de prestígio nacional, e ávido por seguir uma vitoriosa carreira no mundo jurídico. Laura é uma belíssima mulher, elegante e culta, mãe de três filhas: Bruna (Anna Sophia Folch), Otávia (Ariela Massotti) e Virgínia.

Ainda muito jovem, Laura casou-se com Natércio apaixonada. Ela é uma mulher frágil, sensível e delicada, bem diferente do seu ambicioso marido, filho de uma tradicional família de São Paulo. Apesar do amor que verdadeiramente sente pela esposa, Natércio não é capaz de compreendê-la em sua subjetividade e complexidade. Quanto mais se empenha para multiplicar as cifras de seus investimentos e se dedicar à carreira jurídica, mais se afasta de Laura, transformando-a em mais uma de suas ferramentas profissionais. Culta e bela, ela é, sem dúvida, a mulher perfeita para estar ao seu lado, como um troféu a ser exibido para a alta sociedade e o empresariado paulistas. Natércio é prepotente e autoritário, mas o seu amor incondicional por Laura ameniza a sua vilania.

Em Ciranda de Pedra, a governanta Frau Herta (Ana Beatriz Nogueira) conduz a casa de Natércio com mãos de ferro. Apaixonada em segredo pelo patrão, a empregada quer tomar o lugar de Laura e tenta destruir tudo o que lhe faz bem. A instabilidade emocional de Laura acaba levando-a a sérias crises. Natércio contrata o neurologista Daniel Freitas para tratar dos distúrbios emocionais da esposa. Mas Laura e Daniel se apaixonam e, desse amor, nasce Virgínia. Natércio descobre a traição e decide impedir o romance do casal. Para tal, ameaça tirar a guarda das filhas de Laura, caso ela o abandone. Daniel, Natércio e Laura, portanto, fazem um pacto para impedir o escândalo: a caçula será criada como uma Prado, impedindo que o médico reconheça a paternidade da menina. Laura e Daniel, desde então, abafam a paixão que sentem um pelo outro. Natércio, em sua solidão cortante, torna-se um homem cada vez mais prepotente, dilacerado por não saber como lidar com seu amor e sua obsessão por Laura.

Nos primeiros capítulos, Laura está, há seis meses, internada em uma casa de repouso e proibida de ver as filhas. Virgínia já é uma moça, e o Dr. Daniel divide seu tempo entre os atendimentos no posto de saúde na Vila Mariana e o tratamento de Laura. O retorno da protagonista à mansão dos Silva Prado é minuciosamente planejado por Natércio. Ele organiza uma grande festa de aniversário para a esposa, na qual pretende fazer importantes contatos profissionais. Antes do grande dia, entretanto, prende Laura no sótão da mansão, lindamente decorado. Lá, ele mina suas forças e a submete a mais chantagens para que aceite a festa. Após ameaçar mandar Virgínia para um colégio interno na Suíça, Laura cede. Ela sucumbe às pressões impostas pelo marido por um tempo, até decidir tomar as rédeas de sua própria vida e lutar por sua felicidade. É quando abandona seu casamento de aparências e sua linda casa no Jardim Europa e vai morar no sobrado de Daniel, na Vila Mariana.

Ao contrário das irmãs Bruna e Otávia, que, apesar de amarem a mãe, morrem de vergonha das crises dela, Virgínia apoia e cuida de Laura incondicionalmente. Sem desconfiar das razões, a jovem se sente rejeitada por Natércio. Esse distanciamento paterno a aproximou ainda mais de Laura, que sempre a protegeu e a tratou com extremo carinho. Com a saída de Laura da mansão, Natércio volta toda a sua fúria contra Virgínia, sempre instigado pela governanta Frau Herta. Cada vez mais desnorteada, a jovem decide morar com a mãe, na casa de Daniel, despertando a raiva de Natércio. Virgínia é apaixonada, desde a infância, por Conrado Cassini (Max Fercondini). O namoro deles termina por conta das investidas de Otávia, que vive se insinuando para todos os homens e seduz o rapaz apenas por capricho. Virgínia acaba se encantando por Eduardo (Bruno Gagliasso). Mas esse sentimento lhe gera um grande conflito, já que o jovem engenheiro é namorado de Margarida (Cléo Pires), professora primária que ela conhece na Vila Mariana e de quem se torna grande amiga.

Bruna, a outra filha de Laura, é uma menina extremamente recatada. Chega a marcar seu noivado com Rogério (Claudio Fontana), mas acaba se casando com Afonso (Caio Blat), sobrinho de Frau Herta. O rapaz é um verdadeiro alpinista social, ambicioso e sem escrúpulos. Ele faz de Bruna seu capacho: sempre a maltrata e a obriga a estar pronta para atender às suas ordens.  Muito próxima dos Silva Prado está a família Cassini, cujo patriarca é Cícero (Osmar Prado), filho de imigrantes italianos. Ele enriqueceu com muito trabalho e honestidade e é o único amigo de Natércio. Dono da Metalúrgica Cassini & Prado, em sociedade com o advogado, Cícero é rude com seus funcionários, mas tem um coração enorme. Uma das que mais sofre com o seu gênio forte é Alice (Daniele Suzuki). Filha de imigrantes japoneses, ela trabalha como sua assistente e está sempre atrás do patrão, aguentando seus berros. Mas, no fundo, sabe que ele é um bom homem.  

Cícero valoriza sua família acima de tudo, o que o leva a discordar da maneira como o amigo Natércio trata Laura. O advogado vive preocupado com seus filhos: Letícia (Paola Oliveira) é uma exímia tenista e o irrita com seu comportamento prático e liberal, não querendo, inclusive, casar-se; já Conrado, não se dedica à vida profissional. Julieta (Mônica Torres), esposa de Cícero Cassini, é a confidente de Laura. Ela sofre com as crises da amiga e, principalmente, com os desmandos de Natércio. Julieta morre misteriosamente durante trama, em um acidente de carro, o que desnorteia ainda mais Laura.
Natércio faz de tudo para atrapalhar o romance entre Laura e Daniel. Nem o divórcio ele aceita. Mas nada separa o casal. O médico consegue pagar o tratamento de Laura nos Estados Unidos, e ela volta mais centrada e equilibrada. Natércio começa a ser punido por suas maldades mesmo antes do final da novela. O advogado sofre um acidente de carro e precisa de uma doação de sangue.

Virgínia se oferece, mas é informada pela enfermeira de que seu sangue não é compatível com o do seu pai. Ela fica desconfiada, mas só vai desvendar o mistério mais tarde. É Luciana (Lucy Ramos), assistente do Dr. Daniel, quem lhe revela que Natércio não é seu pai biológico. A menina se rebela: corta os cabelos bem curtos e começa a trabalhar como garçonete, para desgosto de Natércio. Depois de uma discussão com Laura, o vilão sofre um derrame e fica entre a vida e a morte. O advogado precisa passar por uma cirurgia de emergência e, apesar da contrariedade de Frau Herta, é Daniel quem o opera. O advogado sobrevive, mas fica com algumas sequelas, superadas ao longo da história. Tendo mantido sua relação em segredo até esse incidente, Laura e Daniel assumem seu romance no hospital. Mas a felicidade não dura muito: Daniel flagra Laura beijando Natércio, enquanto ele está em coma na clínica, e Laura recebe fotos do médico dormindo com outra mulher. Sem saber que se passava de uma armação de Afonso, Frau Herta e Luciana, Laura se separa de Daniel e volta a morar na mansão dos Silva Prado.

Com o retorno da patroa, Frau Herta é demitida. Laura assume o controle da casa. Depois da separação, Daniel tem um breve romance com Letícia, mas nada que abale seu amor por Laura. Depois dessa reviravolta em sua vida, Laura decide realizar um sonho antigo: tornar-se uma modista. Para conseguir todo o material necessário, conta com a ajuda de Elzinha (Leandra Leal), que tem experiência no ramo graças ao trabalho no ateliê da madame Lenah (Glauce Graieb). A Maison de Laura faz sucesso, graças à elegância e à originalidade de suas peças. Depois da morte de Julieta, o italiano Cícero começa a paquerar Elzinha. Para conquistá-la, veste-se de mendigo e se muda para a Vila Mariana. Assim, pode fazer com que ela se apaixone por ele e não por seu dinheiro. Mas o disfarce de Cícero como o mendigo Menelau é descoberto quando ele ajuda a apagar o incêndio criminoso na Maison de Laura. Depois do incidente, ela é internada em um sanatório, mas consegue fugir e voltar para Daniel. Além disso, para o total desespero de Natércio, ela conta à imprensa sobre a verdadeira paternidade de Virgínia.

Os mistérios da novela só são solucionados no final da trama, e Natércio se revela o grande vilão da história. Daniel e Laura decidem fugir das ameaças do ex-marido dela, mas são perseguidos por Ferdinando. A mando de Natércio, o capanga tenta matar o médico, que consegue escapar. Laura deixa suas filhas aos cuidados de Cícero e Elzinha, que, depois das investidas do italiano, aceita o seu pedido de casamento. Nada faz Natércio desistir. Já no cais, à espera da embarcação que os levará para uma ilha deserta, Daniel e Laura são surpreendidos por um novo ataque de Ferdinando. Mas o capenga de Natércio é atingido por uma caixa de um navio e cai no mar. Antes de morrer, revela a Daniel que foi Natércio quem lhe pediu para matar Rita Carvalho (Alice Borges) e Julieta. Depois de ter sido internada por Natércio em um manicômio, Frau Herta consegue escapar e volta à mansão dos Silva Prado. A governanta se declara para o patrão, mas ele a rejeita, chamando-a de verme e dizendo que só a suportou para manter sua cumplicidade. Ela, então, chantageia-o: se não se casar com ela, irá revelar tudo o que sabe. Natércio finge aceitar e a convida para tomar um conhaque, com o qual a envenena. Frau Herta morre, e Natércio é preso.

Eduardo e Margarida se casam, depois de a jovem ter sobrevivido a uma tuberculose. Bruna se forma em Direito e se transforma em uma famosa promotora, que defende os direitos da mulher. Virgínia se torna uma revolucionária política e passa a lutar contra a repressão da censura militar. Otávia e Conrado se casam, têm três filhos e viram hippies. Letícia decide se tornar uma jogadora de tênis internacional e viaja com Joice, sua nova treinadora (Ana Furtado), para a Europa. Elzinha abre a Maison Carmelo-Cassini e dá continuidade ao trabalho de Laura como estilista. Laura e Daniel se refugiam em uma ilha deserta, onde vivem o amor que, por anos, foi abafado pelo tempo e pelas chantagens de Natércio.

Tramas Paralelas:

Letícia e Bruno X:
Letícia (Paola Oliveira), filha de Cícero (Osmar Prado) e Julieta (Mônica Torres), que afirma não querer se casar, fica mexida ao conhecer o renomado estilista Arthur X (Guilherme Weber). Assim que chega a São Paulo para lançar a sua grife, ele se encanta pela jovem, que, no entanto, não corresponde às suas expectativas. A chegada de Arthur X é  triunfal: ele aterrissa de para-quedas no meio de uma quadra do Tênis Clube, atrapalhando o jogo de Letícia, que disputava uma partida com o americano Jack Simpson (Paulo Viana). Arthur X é seguido pelo fiel escudeiro Ferdinando (Paulo Vasconcellos) e por diversos repórteres e fotógrafos. Mas toda a confusão irrita Letícia, que teve sua partida interrompida. Sua raiva ainda aumenta porque o estilista lhe rouba um beijo. Ela o rejeita, mas esse é o começo de uma relação amorosa turbulenta.

Produção:
Muitas cenas de Ciranda de Pedra foram gravadas em locações tradicionais de São Paulo, como o Parque do Ibirapuera, com a arquitetura de Oscar Niemeyer, a Praça da Sé e a Rua Berta, na Vila Mariana, com seu conjunto de casas modernistas. Outras foram gravadas na cidade cenográfica, construída na Central Globo de Produção (CGP, o Projac), que reproduziu o centro de São Paulo e a Vila Mariana em seis mil m2.

Figurino:
O figurino de Ciranda de Pedra era marcado pela sobriedade e pela sofisticação das peças. Para as mulheres, estava na moda o balonê, conhecido como “bolinho de noiva”, e a saia godê ou de corte reto, com a cintura bem marcada. Os homens usavam muito paletó, gravatas finas e discretas, e pulôver. Uma moda mais descontraída, inspirada em filmes como os de James Dean e Marlon Brando – onde se usava muita calça jeans, camiseta e jaqueta –, serviu como referência para o visual de personagens mais jovens, como Afonso (Caio Blat) e Peixe (André Frateschi), que usava um topete a base de muito gel. A estilista Gogoia Sampaio destaca que o tipo de tecido era o que marcava a diferença entre o figurino dos moradores do aristocrático Jardim Europa e os da Vila Mariana. Para fazer um vestido godê guarda-chuva, por exemplo, precisava-se de seis metros de tecido. Quem tinha essa roupa, em geral, eram as pessoas com alto poder aquisitivo. Mas era possível copiar o vestido, com menos tecido, fazendo “preguinhas”. Os mais ricos usavam zibeline, tafetá e seda pura, enquanto os mais pobres usavam tecido misto e algodão. Além disso, na Vila Mariana, as roupas eram mais estampadas e com cores mais abertas. No Jardim Europa, o que havia de estampa era feito com bordado e cores mais secas.

O figurino de Laura (Ana Paula Arósio), por exemplo, foi todo inspirado nos áureos anos da década de 1950. As figurinistas usaram como referência as atrizes Grace Kelly, Audrey Hepburn e Ingrid Bergman para compor a personagem. Já Elzinha, interpretada pela atriz Leandra Leal, era uma coquete muito vaidosa. Para a caracterização da personagem, Leandra clareou os cabelos com um tom louro. Como estava sempre bem informada sobre o universo da moda, Elzinha também adotou algumas tendências que viriam a se consolidar na década de 1960, como o delineador mais fino e longo, conhecido como “gatinho”, e sombra cintilante, para copiar o estilo de Marilyn Monroe.

De modo geral a década de 1950 foi referência para o figurino e a caracterização das demais personagens. Guardadas as sutilezas entre uma maquiagem e outra, fazia sucesso entre as mulheres o delineador com traço mais grosso e curto, cílios postiços, sombras opacas, e batons secos, opacos e em tons de vermelho, cor que também predominava nos esmaltes. Nessa época, começaram a surgir os apliques, além dos penteados volumosos, que usavam esponja de aço para sustentá-los, e os bobes para enrolar os cabelos. O laquê também se tornava o melhor amigo do público feminino. Seu Memé, personagem de José Rubens Chachá, era a personificação da vaidade masculina. Dono de um salão de beleza e um dos primeiros a assumir que usava laquê, ele se considerava um “artista capilar” e vivia experimentando suas misturas de tinta no próprio cabelo. Apesar de usar tinta lavável, foi feita uma peruca para o caso de o ator ter de gravar cenas com cores de cabelo diferentes.

Curiosidades:
Inspirada no romance homônimo de Lygia Fagundes Telles, a segunda versão da novela Ciranda de Pedra, escrita por Alcides Nogueira, trazia diferenças em relação à primeira, que foi escrita por Teixeira Filho e dirigida por Reynaldo Boury e Wolf Maya, em 1981. A maior delas está na ambientação da trama: a nova versão se passava em 1958, enquanto a primeira era ambientada nos anos 1940. Outra mudança foi a adição de um núcleo de humor à história.

A partir do romance de Lygia Fagundes Telles, Alcides Nogueiracriou o núcleo da Vila Mariana. Na obra original, a autora apenas dizia que lá morava o médico Daniel (Marcello Antony).

Alcides Nogueira definiu Ciranda de Pedra como a mescla perfeita entre o movimento de uma ciranda e a imobilidade de uma pedra. Segundo ele, as pessoas estão em constante movimento, procurando seus destinos, porém atadas às suas próprias histórias. Os indivíduos querem a liberdade para viverem suas vidas, fantasias, amores e paixões, mas estão amarrados à tradição, aos seus passados. O autor procurou, então, apresentar na novela as relações humanas, falando das pequenas tragédias e do cotidiano com elegância. Daí, o tratamento dos conflitos familiares – relações entre irmãs, pais e filhos, por exemplo. Do romance original, ele manteve o universo de Lygia, que é visceral, duro e, ao mesmo tempo, envolto em relações muito delicadas, já que passa pelo canal do afeto, da generosidade e da solidariedade humana. Mas o autor evitou polêmicas, deixando de explorar temas como eutanásia, homossexualidade e suicídio, abordados no romance original.

O ano de 1958 não foi escolhido à toa – no romance original, a trama se passava em 1947. Para Alcides Nogueira, esse é o mais emblemático dos anos para o Brasil. Na política, Juscelino Kubitschek modernizava o país prometendo o avanço de 50 anos em cinco, entusiasmando empresários com a construção de Brasília. Na economia, com a implantação de indústrias, como a automobilística e a Usina Hidrelétrica de Furnas, o país passava a ter uma nova relevância no mundo das transações comerciais. Na cultura, nascia a Bossa Nova, e a cena teatral se agitava com a luta do Teatro de Arena e do Teatro Oficina por uma dramaturgia voltada para as questões do povo brasileiro. No cinema, o engajamento social começava a se tornar recorrente graças ao Cinema Novo. As mulheres começavam a ocupar um grande espaço na literatura, com destaque para Lygia Fagundes Telles, Hilda Hilst, Clarice Lispector, Nélida Piñon e Raquel de Queiroz. Nas artes plásticas, nomes como Lygia Clark e Hélio Oiticica mostravam um novo olhar sobre o Brasil. No esporte, o capitão da seleção brasileira de futebol, Bellini, erguia a Jules Rimet ao ganhar a Copa do Mundo de 1958, disputada na Suécia. A tenista Maria Ester Bueno vencia o torneio de duplas em Wimbledon. No ano seguinte, ela seria a primeira brasileira a conquistar o campeonato na categoria individual. Em 1958, São Paulo já era a décima maior metrópole do mundo. Segundo Alcides Nogueira, esse era o pano de fundo para a segunda versão de Ciranda de Pedra.

Mônica Torres fez parte do elenco das duas versões da novela. Na primeira ocasião, ela foi Letícia, amiga da protagonista Virgínia (Lucélia Santos). Na nova versão, ela interpretou Julieta, a mãe de Letícia (Paola Oliveira). O ator José Augusto Branco, que nesta versão viveu Silvério, atuou como Moreno na adaptação de 1981.

Diferente da versão original da novela, em que Laura morria, na segunda versão a personagem, interpretada por Ana Paula Arósio, permaneceu na trama até o último capítulo.

Para lançar a novela, a TV Globo promoveu duas exibições de arte em areia, uma no Rio de Janeiro, na Central do Brasil, e outra em São Paulo, na Rodoviária do Tietê. O artista gaúcho Rodrigo Azeredo foi o responsável pelas mostras: desenhos feitos com areia sobre uma mesa de luz e que eram projetados em um telão, ao vivo.

O papel de Guilherme Weber, o Arthur X, foi inspirado no estilista brasileiro Dener, considerado um vanguardista dos anos 1950. Para compor o personagem, o ator também se inspirou no comportamento de Karl Lagerfeld e no visual espanhol de John Gagliano.

A convite da diretora Denise Saraceni, a atriz e apresentadora Regina Casé interpretou a apresentadora Eunice Jardim. A personagem lembrava a mãe da atriz, que comandava um programa na televisão em que contava histórias, usando fantoches e marionetes. 

A abertura da novela foi a primeira da Rede Globo a usar a RED, uma câmera de cinema digital com resolução de 4k.  

A novela recebeu os prêmios Extra de Televisão, como melhor figurino, e Qualidade Brasil, pela atuação de Osmar Prado, como melhor ator coadjuvante, no papel de Cícero Cassini. 

Elenco:
Ana Paula Arósio – Laura
Marcello Antony – Dr. Daniel
Tammy di Calafiori – Virgínia
Daniel Dantas – Natércio
Ana Beatriz Nogueira – Frau Herta
Ariela Massotti – Otávia
Anna Sophia Folch – Bruna
Osmar Prado – Cícero Cassini
Leandra Leal – Elzinha
Bruno Gagliasso - Eduardo
Paola Oliveira – Letícia
Cléo Pires – Margarida
Caio Blat – Afonso
Max Fercondini – Conrado
Daniele Suzuki – Alice
Mônica Torres – Julieta
Guilherme Weber – Arthur X
Walderez de Barros – Dona Ramira
Lucy Ramos – Luciana
José Rubens Chachá – Seu Memé
Cláudio Fontana – Rogério
Clarice Niskier – Alzira
Hermila Guedes – Divina
José Augusto Branco – Silvério
Tuna Dwek – Iracema
André Frateschi – Peixe
Mila Moreira – Urânia
Maria Pompeu – Joaquina
Karen Coelho – Idalina
Júlio Andrade – Patrício
Glauce Graieb – Madame Lenah
Olívia Araújo – Jovelina
Diego Francisco – Faísca
Ana Karolina Lannes – Lindalva

Trilha Sonora 
Redescobrir - Elis Regina
Três - Adriana Calcanhoto
Quando Esse Nego Chega - Zélia Duncan
Chega de Saudade - Tom Jobim
Amor Blue - Roberta Sá
Com Essa Cor - Monique Kessous
E Daí? (Proibição Inútil e Ilegal) - Gal Costa
Tiro Ao Álvaro - Diogo Nogueira
Manhã de Carnaval - Paula Morelenbaum
Chiclete Com Banana - Gilberto Gil e Marjorie Estiano
Rapaz de Bem - Daniel Gonzaga
Trevo de Quatro Folhas - Fernanda Takai
Chovendo na Roseira - BR6
Brigas Nunca Mais - Milton Nascimento e Jobim Trio
Queda - Márcia Castro e Celso Fonseca
Chegou a Bonitona - Luiz Melodia
Por Toda Vida - Cláudio Lins
Uma História Para Ficar (Put Your Head On My Shoulder) - The Originals
 
Abertura

Chamada de Elenco

Morte de Frau Herta


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